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Novos critérios diagnósticos da Obesidade: o que isso significa ?

Foto do escritor: Dra Mariana Fidalgo Paretsis Dra Mariana Fidalgo Paretsis

Recentemente, especialistas internacionais publicaram um artigo inovador na renomada revista The Lancet Diabetes & Endocrinology, propondo mudanças significativas nos critérios diagnósticos da obesidade. Essa abordagem tem o potencial de transformar como enxergamos e tratamos essa condição, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.


O que muda no diagnóstico da obesidade?

Até agora, o Índice de Massa Corporal (IMC) tem sido amplamente utilizado para diagnosticar a obesidade. O IMC é uma relação entre o peso e a altura da pessoa, mas possui limitações importantes como:

  • Não diferencia gordura corporal de massa muscular

  • Não avalia a distribuição da gordura pelo corpo

  • Não considera os impactos diretos do excesso de peso na saúde


Por conta dessas limitações, o novo estudo sugere que o IMC possa ser usado porém em conjunto com outros métodos antropométricos como a medida da circunferência abdominal, a relação cintura-quadril e exames de imagem como a densitometria por raio-X (DEXA) , exame que avalia com precisão a composição corporal, distinguindo gordura, músculo e ossos.


Outra proposta interessante que o estudo sugere e que precisa ainda ser discutida, é classificação da obesidade em duas categorias:

  1. Obesidade pré-clínica: O excesso de gordura corporal está presente, mas ainda não há sinais de complicações diretas na saúde. No entanto, o risco de doenças futuras, como diabetes tipo 2 ou hipertensão, é elevado.

  2. Obesidade clínica: Quando o excesso de gordura já afeta o funcionamento de órgãos e tecidos, causando problemas como insuficiência cardíaca, doenças renais ou apneia do sono.


Essa classificação busca personalizar o diagnóstico e tratamento, permitindo intervenções mais direcionadas e eficazes para cada caso. Com esses novos critérios, a obesidade deixa de ser vista apenas como um número no IMC e passa a ser avaliada de forma mais completa, considerando a saúde geral do paciente.


Essas mudanças ainda estão em fase de recomendação e precisam ser discutidas por órgãos de saúde para serem implementadas. No entanto, representam um avanço importante para combater um problema de saúde pública tão relevante.


Se você tem dúvidas sobre sua saúde ou deseja saber mais sobre a obesidade e seu impacto, procure orientação de um endocrinologista. Diagnósticos mais precisos levam a tratamentos mais eficazes, ajudando você a alcançar uma vida mais saudável.


A Dra Mariana é médica especialista e titulada em Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Para agendar um horário e saber mais sobre seu atendimento entre em contato conosco.


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1 Comment


Marcia Fidalgo
Marcia Fidalgo
Jan 29

Excelente

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