A nova medicação já aprovada e agora comercializada no Brasil no tratamento da obesidade contém em cada comprimido 8 mg de cloridrato de naltrexona (um antagonista opióide) e 90 mg de cloridrato de bupropiona (um inibidor relativamente fraco da recaptação neuronal de dopamina e norepinefrina).
Os efeitos neuroquímicos exatos desta droga que levam à perda de peso não são totalmente compreendidos. Estudos não-clínicos sugerem que a naltrexona e a bupropiona têm efeitos em duas áreas distintas do cérebro envolvidas na regulação da ingestão de alimentos: o hipotálamo, centro regulador do apetite, e o circuito mesolímbico da dopamina, sistema de recompensa.
O uso desta medicação não está liberada para qualquer pessoa e sua resposta varia para cada indivíduo. Pessoas com padrão alimentar de recompensa, comer emocional ou fissura, mostram melhores respostas ao tratamento .
Suas contraindicações incluem hipertensão não controlada, transtornos convulsivos, insuficiência hepática ou renal, tumor do sistema nervoso central conhecido, antecedentes de distúrbio bipolar, bulimia ou anorexia nervosa, uso crônico de opióides e em pessoas submetidas à descontinuação abrupta de álcool, benzodiazepínicos, barbitúricos e fármacos antiepilépticos.
Pessoas em uso de inibidores de recaptação de serotonina (como a sertralina ou fluoxetina por exemplo), com histórico de doença cardíaca ou cerebrovascular ou suspeita de glaucoma devem ser avaliadas individualmente . Os efeitos colaterais mais comuns são as náuseas e vômitos, cefaléia , constipação , tontura, boca seca e insônia.
Como a maioria dos medicamentos para o tratamento da obesidade, após 12 semanas de uso da medicação, se não ocorrer perda de 5% do peso inicial do tratamento , sua continuação deve ser reavaliada. Vale a pena lembrar que o uso de qualquer medicação no tratamento da obesidade deve ser acompanhada de atividade física regular e revisão de dieta. Todo tratamento deve ser sempre avaliado e seguido por um especialista .
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